Kathedrale von Viseu

Kathedrale von Viseu
Kathedralfassade

Die Kathedrale von Viseu (portugiesisch Sé de Viseu) in der zentralportugiesischen Großstadt Viseu ist der Sitz des Bistums Viseu. Ihre Baugeschichte umfasst die Stilepochen der Romanik, der Spätgotik, der Renaissance und des Barock.

Lage

Auf der höchsten Erhebung der knapp 500 m hoch gelegenen Innenstadt befindet sich der Largo da Sé („Domplatz“). Die Kathedrale ist in Richtung Osten orientiert; nach Norden schließt sich die frühere Bischofsresidenz an, das heutige Museu Grão Vasco („Museum des großen Vasco“). In diesem Museum werden unter anderem frühere Altarbilder der Kathedrale gezeigt, die der Maler Vasco Fernandes (1480–1543) schuf. Rechts neben Kathedrale und Kreuzgang befindet sich eine massive Mauer mit einem Gebäude am Ende, vom oberen Stockwerk des Kreuzgangs ist die wie ein Viadukt überbaute Mauer begehbar. Gegenüber der Kathedrale am westlichen Ende des Domplatzes befindet sich die Igreja da Misericórdia, eine Barockkirche. Seit dem Jahr 2009 ist der Domplatz vom westlich am Rio Pavia gelegenen Ausstellungs- und Festgelände Viseus mit einer Standseilbahn (funicular) erreichbar.

Geschichte

Das im Jahr 572 von Papst Johannes III. errichtete Bistum von Viseu ging in der Zeit der islamisch-maurischen Besetzung unter, doch selbst aus dieser Zeit sind noch einige Bischofsnamen überliefert. Im Jahr 1057 eroberte König Ferdinand I. von León die Stadt zurück (reconquista). In den Jahren von 1094 bis 1114 wurde an der Stelle der heutigen Kathedrale eine erste Kirche errichtet. Das seit der Reconquista durch die Bischöfe von Coimbra verwaltete Bistum wurde im Jahr 1147, d. h. acht Jahre nach der Unabhängigkeit Portugals, neu errichtet. Von 1289 bis 1313 entstand unter König Dinis I. die neue Kathedrale, die im Jahr 1379 mit einem ersten Kreuzgang (claustro) ausgestattet wurde. Das Hauptportal der Kathedrale entstand im Jahr 1513. Im 16. Jahrhundert wurde auch der Kreuzgang erweitert und die Sakristei errichtet. Im 17. Jahrhundert wurde der Nordturm der Fassade nach einem Einsturz in alter Form neu errichtet. Seither blieb die Kirche in ihrer äußeren Form weitgehend unverändert; sie wurde jedoch regelmäßig renoviert.

Architektur

Kathedrale von Viseu – Inneres

Die dreischiffige Kathedrale ist romanischen Ursprungs. Der im 16. Jahrhundert im Renaissancestil entstandene – mit Figuren und Zierobelisken bestandene – Mittelteil der Fassade wird von zwei beinahe monolithisch aussehenden Glockentürmen mit kleinen Kuppelaufsätzen mit Laternen gerahmt. Hinter der Renaissancefassade verbirgt sich das mehrfach zurückgestufte romanische Archivoltenportal. Im durch maßwerklose Fenster belichteten Innern der Kirche tragen hochgotische Bündelpfeiler mit blattverzierten Kapitellen ein spätgotisches manuelinisches Gewölbe mit seilartigen Rippen. In Erinnerung an die Zeit, als die Kathedrale Königskirche von Portugal war, schmücken königliche Wappen die Schlusssteine. Das Mittelschiff enthält einen neuen Altar vor seinem barocken und mit einem Baldachin mit gedrehten Säulen versehenen Vorgänger; ein reich verziertes Chorgestühl befindet sich an den Seitenwänden des Chores. Im rechten Schiff befindet sich die Taufkapelle, die weitgehend im ursprünglichen romanischen Stil erhalten ist.

Kreuzgang

Das Untergeschoss des heute zweigeschossigen Kreuzgangs entstand in den 1540er Jahren. Der obere, zum Teil reich mit Azulejos ausgestattete Teil ist aus dem 17. Jahrhundert; er dient als Museum für Teile des Domschatzes, darunter eine fünfhundert Jahre alte Elfenbein-Monstranz.

Siehe auch

Literatur

  • Alexandre Alves: A Catedral de Viseu. In: Monumentos Nr. 13, Lisboa 2000
  • Carlos Ruau: A Arquitectura da Sé Catedral de Viseu. In: Monumentos Nr. 13, Lisboa 2000
  • João Luis da Inês Vaz: Espaço e tempo na Acrópole de Viseu. In: Monumentos Nr. 13, Lisboa 2000

Weblinks

Commons: Sé de Viseu – Sammlung von Bildern, Videos und Audiodateien

Koordinaten: 40° 39′ 35″ N, 7° 54′ 39″ W

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A Sé ou Catedral de Viseu é a começou a ganhar forma no século XII, em pleno reinado de D. Afonso Henriques, impulsionada pelo bispo D. Odório. Inicia-se então a construção de uma catedral no estilo românico. Apesar de restar muito pouco desta edificação, alguns autores classificaram um capitel, vegetalista, datável dos finais do século XII, bem como um portal lateral (a Sul) do século seguinte — que dá hoje acesso ao claustro — como sendo elementos prováveis do edifício original.

O local onde foi implantada a Sé de Viseu, na Baixa Idade Média, foi alvo de escavações conduzidas por Inês Vaz, junto ao Paço episcopal, que revelariam um primitivo templo, aparentemente de tripla abside, datável da época suevo-visigótica. No processo da Reconquista, terão existido neste lugar dois edifícios episcopais, destacando-se o do século X, altura em que Viseu era considerada a capital do vasto território entre Mondego-e-Douro.

No reinado de D. Dinis, tendo a cidade atingido um período áureo, procede-se a uma renovação profunda do edifício, ainda no século XIII, sob a alçada do bispo D. Egas. No entanto, a Crise de 1383-1385 foi nefasta para as obras, tendo estas estarrecido até depois da crise. Então, sob a alçada do novo bispo D. João Vicente, as obras durariam ainda por muitos anos.

O gótico da Sé viseense seguiu as linhas originais, com um corpo de três naves e três tramos, aproximando-se assim de um estilo românico, mais do que gótico, tipicamente espaçoso. Outra peculiaridade inerente será o facto de que a monumentalidade desta catedral tenha sido obtida pela robustez das suas paredes-muralhas.

No período manuelino, a Sé viseense viria a absorver intervenções de grande qualidade estética, como as típicas abóbadas das naves. Esta campanha foi obra do bispo D. Diogo Ortiz de Vilhegas e durou uma década apenas, sob a alçada do arquitecto João de Castilho.

Também a acção de D. Miguel da Silva, protector do célebre Grão Vasco e introdutor do Renascimento em Portugal, seria determinante: deve-se a este prelado o claustro renascentista.

Já em plena Idade Moderna, sucederam-se novas obras na Sé, concluídas rapidamente. Em 1635 ruiu uma das torres medievais, arrastando consigo o portal manuelino. A reconstrução da fachada foi bastante limitada, influenciada por uma considerável contenção de despesas.

O barroco trouxe a este edifício ricas obras de talha, azulejo e pintura. O órgão, retábulo-mor (de concepção atribuída a Santos Pacheco), os painéis em azulejo do claustro e a casa do cabido são exemplos perfeitos, que revelam como esta Sé de Viseu se conseguiu manter actualizada durante as correntes estéticas dominantes do século XVIII. <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/S%c3%a9_de_Viseu" rel="noreferrer nofollow">pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9_de_Viseu</a>